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Quem foi Frei Gigante na Ilha do Pico ? A personalidade e o vinho.>> O Frei Gigante:Frei Gigante, cujo nome era Frei Ped...
24/06/2025

Quem foi Frei Gigante na Ilha do Pico ? A personalidade e o vinho.

>> O Frei Gigante:

Frei Gigante, cujo nome era Frei Pedro Gigante, foi um frade franciscano que é conhecido por ter introduzido as primeiras videiras na Ilha do Pico, nos Açores, marcando o início da produção de vinho na região. Alguns historiadores acreditam que ele foi o responsável pela introdução da casta Verdelho na ilha, que se tornou uma das mais importantes na região; foi um monge que, segundo a tradição, plantou as primeiras vinhas na Ilha do Pico, nos Açores.

Seu nome ficou tão associado à viticultura local que hoje dá nome a um vinho branco produzido na ilha — o Frei Gigante, feito com castas autóctones como Arinto dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico.

Esse vinho é conhecido por refletir o terroir vulcânico da ilha, com aromas cítricos e salinos que lembram a brisa marítima. Uma bela homenagem a alguém que, ao que tudo indica, teve um papel marcante na história agrícola da região.

>> O vinho e as suas características particulares

- Castas: Arinto dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico.
- Cor: Amarela esverdeada ou palha com laivos dourados, dependendo da colheita.
- Aroma: Frutos cítricos e tropicais, com um fundo de algas que evoca a brisa marítima — uma assinatura dos vinhos do Pico.
- Sabor: Boca envolvente, com acidez vibrante e final salino. Algumas colheitas apresentam notas tostadas e tons de mel.

- Teor alcoólico: Entre 12,5% e 13,5%, conforme o ano.
- Vinif**ação: As castas são fermentadas separadamente em inox e estagiam sobre borras durante 6 meses, preservando frescura e complexidade.
- Harmonização: Ideal com peixe, marisco, carnes brancas e queijos de pasta mole como o Azeitão ou da Serra.

É um vinho que combina tradição, inovação e o carácter único das vinhas plantadas entre muros de pedra negra — os famosos “currais” do Pico.

Uma Real História sobre Tapas e VinhosPara contarmos uma história Real de Tapas e Vinhos, temos que remontar à Espanha n...
23/06/2025

Uma Real História sobre Tapas e Vinhos

Para contarmos uma história Real de Tapas e Vinhos, temos que remontar à Espanha no início da Idade Média !!! Claro que tudo o que são iguarias, está repleto de lendas e contos fantasiosos.
Reis, Nobreza e restantes classes sociais adoravam vinhos e Tapas. Até aqueles para quem a gula era um pecado.
Contudo existe sempre um quê de verídico e verosímil, pelo que é delicioso abordar estes assuntos.

Existem até alguns pressupostos e afirmações sobre este assunto.
Muitos até nem gostam dos espanhóis.
Podem entender que os Catalães são mais simpáticos que os de Madrid.
Que os andaluzes falam com um sotaque estranho
Os galegos falam um “Português mal falado”.
Contudo qualquer região de Espanha tem dois conceitos em comum.
Adoram beber um bom vinho e sempre acompanhado da indispensável Tapa !!!
Estamos perante uma diversidade de sabores que prolifera em Espanha. Tal como em Portugal, e já confecionamos Tapas à Portuguesa, Espanha está cheia de diversos estilos, sabores e culturas. Em Espanha como em Portugal já existe até uma verdadeira cultura da Tapa.

O que são Tapas afinal ?

A Real Academia Espanhola define como uma pequena porção de alimento para acompanhar uma bebida, tal como vinhos. Em região, quer portuguesa ou espanhola, existe um estilo, um sabor, uma forma e uma alma própria.

A Origem

Todo o assunto mete reis e até autores ilustres de literatura se referem às Tapas !!! Miguel Cervantes por exemplo designava as Tapas por “lamativos”, ou Quevedo por “avisillos”. Claro que tudo o que são iguarias, está repleto de lendas e contos fantasiosos.

Lendas Reais

Rei D. Afonso X (Século XIII)
Era conhecido por “El Sábio” e padecia duma doença para a qual o seu médico receitou vários goles de vinho em cada hora. O Rei assim fez; para contrariar os efeitos do álcool, acompanhava com pequenas porções de comida. Depois de f**ar curado, promulgou uma lei que dizia que todas as tabernas de Castela teriam de passar a oferecer pequenas rações de comida ao servir o vinho.
Isto para que estas “tapassem” os efeitos menos desejados do álcool. Ao dizer “tapassem” derivou o termo “Tapa”.

Rei D. Fernando II de Aragão, o Rei Católico (Século XV)
Reza a lenda que, quando ia a caminho da Andaluzia, o rei Fernando II de Aragão e toda a sua comitiva decidiram parar para descansar e entraram numa taberna infestada de moscas. O taberneiro, com vergonha do estado da taberna e preocupado que alguma mosca se atrevesse a mergulhar no copo real, decidiu colocar-lhe uma ‘tapa’. Ou seja, uma rodela de chouriço, dizendo as palavras “Aqui tem a sua tampa, Majestade”.

>> Harmonização com vinhos selecionados.

- Adega de Cantanhede (Bairrada)

- Queijos curados ou enchidos ibéricos
Combine com um Conde de Cantanhede Tinto Reserva — os taninos equilibram a gordura e intensif**am os sabores.
- Tapas de marisco ou polvo à galega
Um Conde de Cantanhede Branco Reserva ou o Colinas de Ançã Branco traz frescura e notas cítricas que realçam o sabor do mar.
- Tortilla espanhola ou croquetes de presunto
Experimente com um Espumante brut da Adega de Cantanhede, como o Blanc de Blancs — a acidez e as bolhas limpam o paladar entre cada garfada.
- Tapas vegetarianas (pimentos padrón, cogumelos salteados)
Um rosé espumante como o Conde de Cantanhede Rosé Brut traz leveza e fruta para acompanhar vegetais grelhados ou fritos.

- SOVIBOR: (Alentejo)

- Tapas de presunto ibérico ou chouriço
Combine com um Mamoré de Borba Tinto Reserva — a estrutura e os taninos equilibram a gordura e intensif**am os sabores fumados.
- Tapas de polvo à galega ou camarões ao alho
Um SOVIBOR Branco DOC Borba, feito com Antão Vaz e Arinto, traz frescura e notas cítricas que realçam os sabores do mar.
- Tapas de queijo curado ou azeitonas temperadas
Aposte no Passo dos Terceiros Tinto, que tem corpo médio e notas de fruta madura, ideal para contrastar com a intensidade dos queijos.
- Tapas vegetarianas (pimentos padrón, cogumelos salteados)
Um rosé da linha Valflor oferece leveza e acidez para acompanhar vegetais grelhados ou fritos.

- Adega de Almeirim (Tejo, antigo Ribatejo)

- **Tapas de queijo de cabra com mel e nozes**
Combine com o **Obelisco Frisante Branco**. A leveza e frescura do frisante equilibram a intensidade do queijo e realçam o toque doce do mel.
- **Chouriço assado ou alheira grelhada**
Experimente com o **Varandas Grande Escolha Tinto**. Este vinho encorpado e com notas de especiarias complementa os sabores fumados e ricos dos enchidos.
- **Tortilha de batata com cebola caramelizada**
Vai muito bem com o **Lezíria Meio Seco Branco**, que tem notas tropicais e uma acidez equilibrada — perfeito para pratos mais suaves.
- **Gambas ao alho**
Aposte num branco jovem como o **Campo do Tejo Branco**, que traz frescura e notas cítricas para contrastar com o alho e o marisco.
- **Tapas vegetarianas com legumes grelhados e azeite**
Um rosé leve da Adega pode ser uma excelente escolha, trazendo frescura e fruta para acompanhar os vegetais.

Conte a sua história e experiência com Tapas e Vinhos !!!

Requinte e prazer em todo o sabor do vinho António Saramago IGP Península de Setúbal Superior Branco 2021O António Saram...
22/06/2025

Requinte e prazer em todo o sabor do vinho António Saramago IGP Península de Setúbal Superior Branco 2021

O António Saramago IGP Península de Setúbal Superior Branco 2021 é mesmo um vinho que promete sofisticação e prazer em cada gole. Produzido na região da Península de Setúbal, este branco é fruto da paixão e experiência de António Saramago, enólogo com mais de 200 prémios no currículo.
Este vinho branco é elaborado a partir de castas portuguesas selecionadas, oferecendo um perfil equilibrado e fresco, ideal para acompanhar pratos leves como mariscos, peixes grelhados ou até uma tábua de queijos suaves.
Deve ser servido entre 7ºC e 14ºC para realçar os seus aromas e sabores.

Um vinho dos Sete Pecados

Essa descrição — o vinho dos Sete Pecados — é deliciosa e provocadora, quase como se cada gole despertasse um novo prazer proibido. O António Saramago Superior Branco 2021, da IGP Península de Setúbal, é mesmo um vinho que convida à tentação: fresco, elegante e com uma complexidade que seduz o paladar.

Produzido com castas portuguesas selecionadas, este branco revela notas tropicais e cítricas equilibradas por uma acidez vibrante. É o tipo de vinho que combina perfeitamente com momentos especiais — daqueles que merecem ser saboreados com calma, como se cada pecado fosse uma virtude.

Os principais pecados para os nossos sentidos

- Soberba – Excesso de orgulho ou vaidade; a crença de ser superior aos outros.
Neste caso é o pecado que exala grandiosidade, orgulho e um certo ar de superioridade. Perfeito para começar essa viagem sensorial com o António Saramago Branco 2021, um vinho que veste a arrogância do seu esplendor com elegância desarmante.
Neste capítulo da soberba, o vinho é o protagonista absoluto: veste-se de ouro pálido, exibe aromas que se impõem antes mesmo de chegar ao nariz — notas de frutas tropicais maduras, flores brancas e um toque mineral que sussurra: "Sou inigualável”. Na boca, entra com autoridade, enchendo o paladar com estrutura e frescura como quem diz: não há igual à minha altura.
A harmonização ideal para esse pecado? Talvez um prato igualmente vaidoso: vieiras grelhadas com puré de couve-flor trufado — algo tão refinado quanto o vinho que se julga rei.

- Avareza – Desejo desmedido por riqueza ou posses.

Sem partilhar uma gota sequer! E o António Saramago Branco 2021 veste esse pecado como poucos: um vinho tão elegante e cheio de carácter que desperta imediatamente o impulso de guardar a garrafa longe dos outros, bem escondida no fundo da adega.
Este é o vinho que faz o avarento virar colecionador. Ao abrir, exala aromas finos de citrinos e frutos brancos que encantam mas não se oferecem facilmente. No paladar, entrega-se com generosidade, mas deixa a sensação de que cada gole é um tesouro a ser racionado, como se o último trago fosse mais valioso que o primeiro.
A harmonização ideal para essa posse egoísta? Talvez um prato que pareça simples, mas seja sofisticado demais para dividir: um risoto de espargos com lascas de parmesão velho — discreto, requintado e só para os mais sortudos da mesa.

- Luxúria – Busca exagerada por prazeres se***is.

O pecado mais sedutor, carnal e arrebatador. E o António Saramago Branco 2021 é seu cúmplice perfeito: um vinho que se insinua no copo com elegância e se entrega com voluptuosidade ao paladar.
A sua cor dourada brilha como um olhar insinuante à luz de velas. No nariz, notas exóticas de maracujá, lichia e um leve toque de baunilha despertam os sentidos como um sussurro ao ouvido. Na boca, é macio, envolvente, com uma acidez equilibrada que provoca e seduz — um vinho que acaricia em vez de apenas saciar.
Este é o pecado que pede prazer sem culpa. E a harmonização? Camarões ao alho com toque picante, ou quem sabe um ceviche afrodisíaco — pratos que, como o vinho, provocam desejo e deixam vontade de repetir.

- Inveja – Tristeza ou ressentimento pelo bem ou sucesso dos outros.

O pecado que nasce do desejo ardente de possuir o que é do outro. E quando alguém vê um copo do António Saramago Branco 2021 na mão alheia, esse sentimento é quase inevitável.
Este vinho é o tipo de tentação que brilha na mesa como uma joia rara. A sua tonalidade límpida e dourada parece ostentar um brilho que atrai olhares indiscretos. O aroma — sofisticado, com notas de fruta branca madura, toque floral e uma frescura que parece exclusiva — desperta murmúrios silenciosos de também quero!. E quando o outro prova e sorri com satisfação? Pronto: nasce a inveja líquida.
O prato ideal para esse cenário de cobiça? Talvez um carpaccio de polvo com azeite de ervas finas — leve, requintado e visualmente chamativo. Um prato que atrai atenções e provoca ciúmes, tal como a garrafa que reina ao lado.

- Gula – Consumo excessivo de comida ou bebida.

Ah, a gula — quando o prazer do vinho se transforma em desejo de repetir o gole, sem culpa nem medida. No António Saramago Branco, a gula não é pecado: é celebração.
Este branco expressivo, com suas notas cítricas, florais e levemente tostadas, convida não só ao primeiro brinde, mas ao segundo e ao terceiro. A frescura e a harmonia entre as castas fazem dele um vinho que se bebe com alegria, e que desperta apetite tanto pela bebida quanto por boa companhia à mesa. É aquele tipo de vinho que não f**a esquecido na garrafa — ele desaparece, discretamente, como se fosse absorvido pelo entusiasmo de viver.
Harmonização com petiscos ou pratos que acompanhem essa “gula divina”? Podemos até arriscar harmonizar com outros dos “sete pecados” — qual será o próximo?

- Ira – Raiva intensa, muitas vezes acompanhada de desejo de vingança.

Estaremos a pensar em “aroma” ou “acidez”? Ou numa referência literária ou artística?
Se for sobre o vinho, o António Saramago Branco, produzido na Península de Setúbal e é conhecido por ter cor cítrica, aroma com nuances florais e cítricas, e uma acidez equilibrada.

- Preguiça – Falta de vontade de agir ou se empenhar, especialmente em questões espirituais ou morais.Um branco de cor dourada pálida, com aromas suaves de flor de laranjeira e pêssego maduro. Na boca, revela-se macio, com acidez discreta e um final prolongado que convida a mais um gole... devagarinho. Ideal para tardes preguiçosas à sombra, com conversas que não têm hora para acabar.

Como harmonizar Espumantes da Casa Valduga com cozinha chinesa, como Chop Suey ou Crepes?>> O que é Chop Suey?O Chop Sue...
22/06/2025

Como harmonizar Espumantes da Casa Valduga com cozinha chinesa, como Chop Suey ou Crepes?

>> O que é Chop Suey?

O Chop Suey é um prato clássico da culinária sino-americana, e não exatamente uma receita tradicional da China. Ele surgiu nos Estados Unidos no final do século XIX, criado por imigrantes chineses que adaptaram ingredientes locais ao estilo de preparo oriental.

Na prática, é um salteado de legumes variados com carne (como frango, porco, vaca ou camarão), geralmente servido com arroz ou noodles e cozinhado em pouco tempo, no máximo 5-7 minutos. Os ingredientes típicos incluem broto de feijão, cenoura, pimentão, cebola, repolho, cogumelos e molho de soja. A ideia é aproveitar o que se tem à mão — por isso o nome “chop suey”, que pode ser traduzido como “mistura variada” ou “pedaços misturados”.

Harmonização com Espumantes da Casa Valduga

Harmonizar espumantes da Casa Valduga com um prato como Chop Suey é uma proposta ousada e deliciosa! O Chop Suey, com sua combinação de legumes salteados, molho à base de soja e, às vezes, carnes como frango ou porco, pede um espumante que traga frescor, acidez equilibrada e capacidade de limpar o paladar entre as garfadas.

Aqui vão algumas sugestões:

- Casa Valduga Arte Brut: Um espumante mais seco, com notas cítricas e boa acidez, que equilibra bem o umami do molho de soja e a textura dos legumes.
- Casa Valduga Premium Moscatel: Se o Chop Suey tiver um toque agridoce (como molho hoisin ou pedaços de abacaxi), o Moscatel, com seu dulçor elegante e aromas florais, pode criar um contraste encantador.
Casa Valduga 130 Blanc de Blancs: Um espumante mais estruturado, feito 100% de Chardonnay, que pode acompanhar versões mais sofisticadas do prato, especialmente se houver frutos do mar.

A ideia é brincar com os contrastes: a leveza e efervescência do espumante ajudam a realçar os sabores do prato e a refrescar o paladar. Se quiser, posso sugerir também uma entrada ou sobremesa para completar a experiência. Que tal? 🥂🥢

>> O que são Crepes Chineses?

Têm uma história secular bem interessante

Os crepes chineses, conhecidos como Jianbing, são uma das comidas de rua mais populares da China — especialmente no norte do país. A sua origem remonta à dinastia Ming (1368–1644), e acredita-se que tenham sido criados como uma refeição rápida e nutritiva para soldados durante campanhas militares.

Harmonização:

Harmonizar espumantes da Casa Valduga com crepes chineses é uma combinação cheia de possibilidades, especialmente porque os crepes podem variar bastante — de recheios salgados com vegetais e carnes a versões doces com frutas e caldas.

Aqui vão algumas sugestões para diferentes estilos de crepe:

- Crepes salgados com vegetais e molho de soja: Um espumante como o Casa Valduga Arte Brut funciona muito bem. Sua acidez limpa o paladar e a frescura equilibra o umami do molho de soja e a textura dos legumes.
- Crepes com carne de porco ou pato laqueado: O Casa Valduga 130 Blanc de Blancs traz estrutura e elegância, ideal para pratos mais intensos. A efervescência ajuda a cortar a gordura e realçar os sabores caramelizados.
- Crepes doces com frutas tropicais ou calda de laranja: O Casa Valduga Moscatel é perfeito aqui. Seu dulçor equilibrado e aromas florais criam uma harmonia encantadora com sobremesas leves e frutadas.

A chave está em equilibrar intensidade e contraste: espumantes mais secos para pratos salgados e estruturados, e espumantes mais doces para sobremesas. Se quiser, posso sugerir uma sequência completa com entrada, prato principal e sobremesa — tudo com espumantes. Que tal montar um jantar temático? 🥂🥠

Características da AOC de Côtes du Rhône na Região da Borgonha, ou melhor Região de Vale du Rhône Na verdade, a AOC Côte...
21/06/2025

Características da AOC de Côtes du Rhône na Região da Borgonha, ou melhor Região de Vale du Rhône

Na verdade, a AOC Côtes du Rhône não pertence à região da Borgonha, mas sim ao Vale do Rhône, uma das maiores e mais diversas regiões vinícolas da França. É fácil confundir, já que ambas produzem vinhos renomados, mas são distintas em localização, clima e estilo.

Aqui vão algumas características marcantes da AOC Côtes du Rhône:

- Abrangência: É uma denominação ampla que cobre grande parte do Vale do Rhône, tanto na parte norte (setentrional) quanto na sul.
- Tipos de vinho: Produz tintos, brancos e rosés. Os tintos dominam, representando cerca de 90% da produção.

Uvas principais:
- Tintas: Grenache, Syrah, Mourvèdre, Cinsault, Carignan.
- Brancas: Viognier, Marsanne, Roussanne, Bourboulenc, Clairette.

Clima:
- Ao norte: clima continental, com invernos frios e verões quentes.
- Ao sul: clima mediterrâneo, com verões muito quentes e influência do vento Mistral.

Estilo dos vinhos:
- Tintos: geralmente encorpados, frutados, com notas de especiarias e taninos macios.
- Brancos: frescos, aromáticos, com boa acidez.

Classif**ações dentro da AOC:
- Côtes du Rhône (genérica)
- Côtes du Rhône Villages (mais restrita e de qualidade superior)
- Côtes du Rhône Villages + nome da comuna (ainda mais específ**a e valorizada).

História de Côtes du Rhône

A história da **Côtes du Rhône** é tão rica quanto os vinhos que ela produz — e remonta a tempos antigos.

- Origens antigas: A viticultura na região do Rhône começou antes mesmo da chegada dos romanos. Os gregos e etruscos já cultivavam vinhas por lá, mas foram os romanos que realmente estruturaram a produção e o comércio de vinho.

- Século XVII: A margem direita do rio Rhône, especialmente a área de Roquemaure, começou a estabelecer regras para garantir a qualidade dos vinhos. Em 1737, o rei da França ordenou que os barris enviados do porto de Roquemaure fossem marcados com as letras "CDR" — uma das primeiras tentativas de proteger a origem de um vinho.

- Reconhecimento oficial: O nome “Côtes du Rhône” passou a incluir também os vinhos da margem esquerda cerca de um século depois. Em 1937, a denominação foi oficialmente reconhecida como "Appellation d’Origine Contrôlée (AOC)", tornando-se uma das primeiras do sistema francês de denominações.

- Evolução moderna: As regras da AOC foram atualizadas em 1996 e 2001 para refletir as novas práticas de cultivo e vinif**ação. Hoje, a Côtes du Rhône é uma das maiores e mais respeitadas denominações da França, com vinhos que vão do simples e acessível ao complexo e digno de guarda.

Curiosidade charmosa: Roquemaure, uma das cidades históricas da região, é conhecida como “La Capitale des Amoureux” (a capital dos apaixonados), e guarda relíquias de São Valentim — trazidas em 1868 na esperança de proteger as vinhas da praga da filoxera.

O Terroir dos Côtes du Rhône

O terroir das Côtes du Rhône é uma verdadeira tapeçaria de solos, climas e paisagens — e é justamente essa diversidade que dá origem à riqueza e complexidade dos seus vinhos.

🌍 Diversidade geológica e paisagística
A região se estende do norte ao sul do Vale do Rhône, entre o Maciço Central e os Alpes, com o rio Rhône como eixo central. Isso cria dois grandes perfis:

Norte (Rhône setentrional):

- Terrenos íngremes e estreitos, com vinhas em terraços.
- Solos de granito e rochas antigas.
- Clima continental: verões quentes, invernos frios.
- Ideal para uvas como Syrah, que se beneficiam da exposição solar e da drenagem natural.

Sul (Rhône meridional):

- Planícies e colinas suaves.
- Solos variados: calcário, argila, areia, e os famosos galets roulés (pedras arredondadas que retêm calor).
- Clima mediterrâneo: quente, seco, com influência do vento Mistral.
- Perfeito para uvas como Grenache, Mourvèdre e Cinsault.

🍇 Impacto no vinho

Essa diversidade de terroirs permite uma ampla gama de estilos:

- Tintos: de estruturados e minerais no norte a frutados e especiados no sul.
- Brancos: frescos e florais, com boa acidez.
- Rosés: leves, aromáticos e refrescantes.

O terroir das Côtes du Rhône é, portanto, uma combinação de natureza, história e técnica, onde cada parcela de terra conta uma história diferente no copo.

Castas de Côtes du Rhône e características do vinho

- As principais castas para vinhos tintos e rosés são Grenache , Syrah , Cinsault, Carignane, Counoise e Mourvèdre. Os produtores podem usar no máximo 20% de variedades brancas para rosés. Todos os tintos cultivados ao sul de Montélimar devem conter no mínimo 40% de Grenache e até 5% de uvas brancas. Qualquer vinho tinto da denominação Côtes du Rhône deve conter no mínimo 15% de Syrah ou Mourvedre. Os brancos devem conter uma mistura mínima de 80% de Clairette, Grenache Blanc, Marsanne, Roussanne, Bourboulenc e Viognier.
- Os vinhos da Côtes du Rhône são fáceis de beber e perfeitos para o dia a dia. As misturas brancas e rosés são igualmente deliciosas, embora um pouco mais difíceis de encontrar. O típico Côtes du Rhône Blanc branco é encorpado, com notas de frutas cítricas cristalizadas, acácia, ervas, palha, cera e possivelmente um toque de mel.

Provas de Mostos ao Serviço da CVR de Lisboa entre 2014-2018.Local: AdegaMae em Torres Vedras Ano de provas: 2018 sob or...
19/06/2025

Provas de Mostos ao Serviço da CVR de Lisboa entre 2014-2018.

Local: AdegaMae em Torres Vedras
Ano de provas: 2018 sob orientação do enólogo Diogo Lopes.

A fermentação do mosto é um dos processos mais importantes na produção do vinho. Ela ocorre quando as leveduras presentes no mosto metabolizam os açúcares naturais da uva, transformando-os em álcool e dióxido de carbono. Esse processo pode acontecer de forma espontânea, com leveduras naturais da uva, ou ser induzido com leveduras selecionadas pelo produtor para garantir um perfil aromático específico.
A temperatura da fermentação influencia diretamente o estilo do vinho. Para vinhos tintos, a fermentação ocorre entre 25-30°C, permitindo a extração de taninos e cor. Já para vinhos brancos e rosés, a temperatura ideal é entre 16-20°C, preservando os aromas frescos e frutados.
Além do álcool, a fermentação gera compostos aromáticos que contribuem para o sabor final do vinho. Dependendo do tipo de levedura utilizada, o vinho pode desenvolver notas frutadas, florais ou até amanteigadas, como no caso da Chardonnay.
A prova do mosto é uma etapa crucial na vinif**ação, pois permite ao enólogo prever as características do vinho final antes da fermentação. Durante essa análise, são avaliados fatores como *lacidez, teor de açúcar, aromas primários e estrutura do líquido.

Da esquerda para a direita e fr cima para baixo.

>> Sauvignon Blanc: O mosto da casta Sauvignon Blanc é obtido após o desengace e uma leve prensagem das uvas. O líquido escorre por gravidade para cubas de inox, onde fermenta a baixa temperatura. Esse processo preserva os aromas frescos e frutados característicos da casta, resultando em um vinho vibrante e elegante. A temperatura ideal para consumo é de 10°C, e harmoniza bem com pratos de peixe fresco, mariscos, carnes brancas e até sushi.

>> Chardonnay: O mosto da casta Chardonnay é obtido após o desengace e uma leve prensagem das uvas, semelhante ao processo do Sauvignon Blanc. Ele fermenta tanto em cubas de inox como em barricas de carvalho, dependendo do estilo desejado. A Chardonnay é uma casta extremamente versátil, capaz de produzir vinhos frescos e minerais ou encorpados e amanteigados, dependendo da vinif**ação.
A fermentação pode incluir conversão malolática, que transforma o ácido málico em ácido lático, conferindo notas cremosas ao vinho. A temperatura ideal para consumo é de 10°C, e harmoniza bem com pratos de peixe, mariscos, carnes brancas e até pratos mais intensos, como os da gastronomia oriental.

>> Verdelho: O mosto da casta Verdelho é obtido a partir da prensagem das uvas Verdelho, uma variedade branca conhecida pela sua acidez equilibrada e aromas frutados. Ele pode ser fermentado em cubas de inox para preservar sua frescura ou em barricas de carvalho para adicionar complexidade ao vinho.
A Verdelho é uma casta versátil, cultivada principalmente na Ilha da Madeira e nos Açores, mas também encontrada em outras regiões vinícolas. Seu mosto apresenta notas cítricas e tropicais, com uma acidez vibrante que contribui para a estrutura do vinho final.

>> Castelão: A casta Castelão tem uma presença histórica na região de Torres Vedras, sendo mencionada já no século XVIII como uma variedade cultivada localmente. O mosto desta casta, produzido a partir das uvas tintas colhidas na região, reflete bem as características do terroir de Torres Vedras — com solos argilo-calcários e influência atlântica — o que contribui para vinhos com boa acidez, taninos firmes e aromas intensos de frutos vermelhos.

Pontos curiosos:

- Torres Vedras é uma DOP da Região de Vinhos de Lisboa, e os vinhos da região, incluindo os de Castelão, beneficiam da classif**ação de Denominação de Origem Protegida.
- A casta é conhecida por ser resistente à seca e por adaptar-se bem aos solos da região, embora seja sensível ao desavinho (queda de flores antes da frutif**ação).
- O mosto de Castelão nesta zona pode originar vinhos com notas de ameixa, groselha e até um toque terroso ou de caça, especialmente quando envelhecido.

>> Aragonez ou Tinta Roriz: O mosto da casta Aragonez, também conhecida como Tinta Roriz em algumas regiões de Portugal, é obtido a partir da prensagem das uvas desta variedade tinta. A Aragonez é uma casta de origem espanhola, conhecida como Tempranillo, e é amplamente cultivada no Alentejo e no Douro.
O mosto desta casta apresenta uma cor intensa e uma boa concentração de açúcares, o que contribui para vinhos encorpados e estruturados. Dependendo do método de vinif**ação, pode resultar em vinhos com notas de frutas vermelhas maduras, especiarias e até nuances de baunilha, caso passe por estágio em barricas de carvalho.

>> Castelão e Syrah: A combinação das castas Castelão e Syrah no mosto resulta numa fusão fascinante entre tradição portuguesa e expressão internacional. Aqui vão alguns factos interessantes sobre esta dupla:

- Castelão traz estrutura, taninos firmes e aromas de frutos vermelhos como groselha e ameixa, com um toque rústico e, por vezes, notas de caça. É uma casta resiliente, bem adaptada ao clima quente e aos solos arenosos de regiões como Lisboa e Setúbal.
- Syrah, por outro lado, contribui com cor intensa, corpo cheio e aromas de frutos pretos, especiarias doces, chocolate e, quando envelhecido em barrica, notas de fumo e baunilha.
- Quando vinif**adas em conjunto, estas castas podem criar vinhos equilibrados e complexos: a rusticidade e acidez da Castelão são suavizadas pela riqueza aromática e estrutura do Syrah. O resultado? Um vinho com personalidade, capaz de agradar tanto a apreciadores tradicionais como a paladares modernos..

>> Petit Verdot: O mosto da casta Petit Verdot é uma verdadeira potência enológica, com origem na região de Bordéus, França, e cada vez mais valorizada em países de clima quente — como Portugal, onde tem ganhado destaque no Alentejo, Douro, Lisboa e Península de Setúbal.

Factos fascinantes sobre o mosto desta casta:

- Cor e estrutura: O mosto de Petit Verdot é intensamente colorido, graças à casca espessa das uvas. Isso resulta em vinhos com tonalidades profundas e taninos robustos, ideais para envelhecimento.
- Aromas marcantes: Mesmo antes da fermentação, o mosto já revela notas de frutas negras maduras (como amora e mirtilo), violetas, especiarias.
- Maturação tardia: A casta precisa de bastante sol para amadurecer bem, o que a torna perfeita para regiões portuguesas mais quentes. Em anos ideais, o mosto atinge um equilíbrio notável entre acidez e concentração.
- Versatilidade: Embora tradicionalmente usada em lotes (blends), há cada vez mais vinhos monovarietais de Petit Verdot em Portugal, com o mosto a expressar toda a sua complexidade e intensidade.

>> Cabernet Sauvignon: O mosto da casta Cabernet Sauvignon é um verdadeiro concentrado de intensidade e elegância — e não é à toa que esta é uma das castas tintas mais famosas do mundo.

Aqui estão alguns factos fascinantes sobre o seu mosto:

- Cor profunda e taninos firmes: O mosto apresenta uma cor rubi intensa desde o início, graças à elevada concentração de antocianinas. Os taninos são marcantes, o que confere estrutura e longevidade ao vinho.
- Aromas complexos: Mesmo antes da fermentação, o mosto já revela notas de cassis, folha de tomate, especiarias e cedro. Com o tempo e estágio em madeira, surgem toques de tabaco, couro e grafite.
- Equilíbrio químico: Estudos mostram que o mosto de Cabernet Sauvignon tende a ter um pH médio de 3,3, cerca de 14,5 ° Brix (açúcares) e acidez titulável de 1,1% de ácido tartárico — um perfil ideal para vinhos encorpados e com bom potencial de guarda.
- Adaptação global: Embora originária de Bordéus, esta casta adapta-se bem a diferentes terroirs, incluindo todas as regiões portuguesas desde o Douro mais a Norte, até ao Algarve mais a Sul. Sem esquecer os Vinhos do Pico onde proporciona resultados surpreendents, onde o mosto expressa nuances locais sem perder a identidade.

Destas castas aqui referidas qual a sua preferida ?

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Rua Soeiro Pereira Gomes, 17-1º Dto
Alverca
2615-332

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Segunda-feira 09:00 - 23:00
Terça-feira 09:00 - 23:00
Quarta-feira 09:00 - 23:00
Quinta-feira 09:00 - 23:00
Sexta-feira 09:00 - 23:00
Sábado 09:00 - 17:00
Domingo 09:00 - 17:00

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